11/30/2006

D. João V (1689 - 1750)


çççççNasceu a 22 de Outubro de 1689 e morreu em 31 de Julho de 1750, de seu nome completo João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança. Foi Rei de Portugal desde 1 de Janeiro de 1707 até à sua morte.

çççççEra filho de D. Pedro II e de D. Maria Sofia, Pondessa Palatina de Neuburgo (1666-1699).

çççççRecebeu os cognomes de O Magnífico ou O Rei-Sol Português, em virtude do luxo de que se revestiu o seu reinado.




D. João V
http://www.arqnet.pt/imagens/ip3-djoao5.jpg


çççççAlguns historiadores recordam-no também como O Freirático, devido à sua conhecida apetência sexual por freiras (de algumas das quais chegou inclusivamente a gerar diversos filhos, como a Madre Paula, mãe de Gaspar de Bragança, um dos Meninos da Palhavã).


çççççQuando inciou o reinado, estava-se em plena Guerra da Sucessão de Espanha, o que para Portugal significava o perigo da ligação daquele país à grande potência continental que era a França.


çççççNo entanto, a subida ao trono austríaco do imperador Carlos III, pretendente ao trono espanhol, facilitou a paz que foi assinada em Utreque, em 1714.

çççççPortugal viu reconhecida a sua soberania sobre as terras amazónicas e, no ano seguinte, a paz com a Espanha garantia‑nos a restituição da Colónia do Sacramento, actual Uruguai.

çççççAnos Antes D. João V casará com D. Maria Ana de Áustria irmã de Carlos III o que lhe deu alguma segurança durante a guerra atrás referida.
çççççDeste casamento teve 6 filhos entre os quais D. José I o herdeiro ao trono e D. Maria Bárbara, casada com Fernando VI, rei de Espanha.


D.Maria de Áustria

http://www.casa-da-confraria.com/images/img/roy0004.JPG



çççççVoltando ao assunto anterior da Guerra da Sucessão de Espanha onde D. João V aprendeu a não dar um apreço muito grande às questões europeias e à sinceridade dos acordos; daí em diante permaneceu inalteravelmente fiel aos seus interesses atlânticos, comerciais e políticos, reafirmando nesse sentido a sua neutralidade e a aliança com a Inglaterra.

çççççEm relação ao Brasil, que foi sem dúvida a sua principal preocupação, tratou D. João V de canalizar para lá um considerável número de emigrantes, ampliou os quadros administrativos, militares e técnicos, reformou os impostos e ampliou a cultura do açúcar.

çççççNo reinado de D. João V as condições económicas em Portugal era bastante razoáveis o ouro abundava no país atraindo ingleses, franceses, italianos, espanhóis, etc.

çççççInstalaram-se em Lisboa quer com profissões mercantis ou libérais como o humilde artesanato, tudo isto resultante da abundância de ouro que existia no país.

çççççMas por outro lado os contra bando de ouro no Brasil começava a alastra-se e a crise no império do Oriente o que ia levar Portugal a entrar numa crise económica.

12800 réis, D. João V, ouro, 1728, Rio de Janeiro

http://www.bb.com.br/appbb/portal/hs/moeda/MoedaMinas.jsp

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çççççTudo isto levo a D. João V a fazer um forte investimento industrial, mas outros problemas surtiram, agora de carácter social a insubordinação de nobres, quebras de disciplina conventual, conflitos de trabalho, intensificação do ódio ao judeu.

çççççPor outro lado,a máquina administrativa e política do absolutismo não estava de maneira nenhuma preparada para a complexidade crescente da vida da nação, agravando as dificuldades citadas.

çççççD. João V era um seguidor do Absolutismo Régio modelo político que estava no auge em toda a Europa tendo em Luís XIV o maior expoente, D. João V era um seguidor das pisadas de Luís XIV, talvez mais uma rivalidade entre reis, D. João V tenta viver entre tanto luxo como Luís XIV.

Luís XIV, O Rei sol

http://www.portaldepoesia.com/Luis%20XIV.jpg

çççççD. João V gostava muito de viver no luxo e de mostrar que em Portugal existia muito Ouro, para impressionar os outros Reis europeus enviava Embaixadores ou Representantes que deixava-a todos impressionados com o luxo que levava e o ouro.


Coche da embaixada enviada por D. João V ao Papa Clemente XI, em 1716.

http://www.museudoscoches-ipmuseus.pt/pt/subs/coleccao/coche_6.htm

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çççççCom todo este luxo, o Barroco em Portugal teve contornos diferentes do que na Europa, a utilizaçao da talha dourada, nos azuleijos muito característicos do Barroco Português.

çççççA arquitectura também teve diferenças, desta destaca-se Convento de Mafra inaugurado em 1744 pelo Papa Bento XIV,4 anos mais tarde, receberia desse mesmo papa o título de Sua Majestade Fidelíssima, extensível aos seus sucessores (tal como os títulos de Sua Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Cristianíssima em França).

Foto lateral do Convento de Mafra

http://ideiasemdesalinho.blogs.sapo.pt/arquivo/Convento%20de%20Mafra.jpg


çççççFoi também no seu reinado que a Santa Sé atribuiu a Lisboa a dignidade de Patriarcado, a par de Roma e de Veneza, tornando-se assim o arcebispo lisboeta um dos três patriarcas do Ocidente.

çççççJaz no Panteão dos Braganças , ao lado da sua esposa, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

Panteão dos Braganças,Túmulo de D. joão V e D. Maria de Áustria

http://fotos.sapo.pt/topazio1950/pic/0004rf46

Descendência:

* De sua esposa, Maria Ana Josefa, arquiduquesa da Áustria (1683-1754);

- Maria Bárbara de Bragança (1711-1758), Rainha de Espanha (que casou com Fernando VI de Espanha);

- Pedro de Bragança, príncipe do Brasil (1712-1714);

- José I, Rei de Portugal (1714-1777); Carlos de Bragança (1716-1736); Pedro III, Rei de Portugal (1717-1786); Alexandre de Bragança (1723-1728);

* João V foi também pai de três filhos ilegítimos, conhecidos na época como os meninos da Palhavã;

* De uma francesa incógnita: António de Bragança (1704-1800);

* De Madalena Máxima da Silva Miranda Henriques: Gaspar de Bragança (1716-1789);

* De Madre Paula: José de Bragança (1720-1801);

* Teve ainda uma filha, Maria Rita de Bragança, nascida de Luísa Clara de Portugal.

Bibliografia:

- História de Portugal, vol. VII " O Despotismo Iluminado (1750 - 1807), Editorial Verbo.

- Mattoso, José (dir.), História de Portugal, vol.7, " O Estado Novo (1926 - 1974).

- Medina, João (dir.), História Contemporânea de Portugal, Multilar.

- Serrão, Joel (dir.), Dicionário de História de Portugal, vol. III, Iniciaticas Editoriais.

- Enciclopédia Lello Universal, Vol. 2, Lello & Irmão Editores, Porto,1993.

- Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura,Verbo, Lisboa/São Paulo, Edição Séc. XXI.

- Couto, Célia e Rosas, Maria, O Tempo da História. Historia A, 1ª Parte, 11º ano, Porto Editora, Porto, (s/d).

- http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao5.html

- http://www.arqnet.pt/dicionario/joao5.html

- http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=4706

- http://pt.wikipedia.org/wiki/D._João_V


Duarte Dias, 11ºB, Nº7


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