4/19/2007

Georges Jacques Danton (1759-1794)







Nasceu em Arcis-sur-Aube em 1759, filho de Jacques Danton e de Marie-Madeleine Camus segunda mulher de seu pai. Morreu em Paris em 1794 guilhotinado, foi mais uma vítima do Terror.





Adoptou a profissão do seu pai que era advogado, profissão que exerceu modestamente em Paris até se envolver na Revolução Francesa.
Tornou-se membro da Sociedade dos Amigos da Constituição, onde teve um papel bastante influente, esta sociedade deu origem ao clube Jacobino que representava a baixa e média burguesia urbana e que tinha políticas bastantes radicais. Danton defendeu-as na Assembleia Constituinte em 1789.













Em 1792, quando os sans-culottes assumem o governo os sans-culottes proclamam a República, formam a Comuna de Paris, que Danton ajudou a organizar. Integra a Convenção Nacional, assembleia encarregada de escrever a Constituição republicana, e depois chefia o Comité de Salvação Pública, órgão executivo da República, responsável pela política estrangeira e por assuntos militares.













Danton apoiou a sentença de morte a Luís XVI, acusado de conspiração contra a Nação.
Depois disto Danton tentou afastar-se do Terror, foi até substituído por Robespierre pois o governo acusou-o de defender posições mais moderadas, Danton recolheu então à sua cidade natal onde se aliou-se a Desmoulins o chefe dos Indulgentes, contra Robespierre e seus seguidores. Foi preso a 30 de março e foi condenado á morte na guilhotina a 5 de Abril, antes de morrer disse "Minha única tristeza é que vou antes de Robespierre".

11/30/2006

D. João V (1689 - 1750)


çççççNasceu a 22 de Outubro de 1689 e morreu em 31 de Julho de 1750, de seu nome completo João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança. Foi Rei de Portugal desde 1 de Janeiro de 1707 até à sua morte.

çççççEra filho de D. Pedro II e de D. Maria Sofia, Pondessa Palatina de Neuburgo (1666-1699).

çççççRecebeu os cognomes de O Magnífico ou O Rei-Sol Português, em virtude do luxo de que se revestiu o seu reinado.




D. João V
http://www.arqnet.pt/imagens/ip3-djoao5.jpg


çççççAlguns historiadores recordam-no também como O Freirático, devido à sua conhecida apetência sexual por freiras (de algumas das quais chegou inclusivamente a gerar diversos filhos, como a Madre Paula, mãe de Gaspar de Bragança, um dos Meninos da Palhavã).


çççççQuando inciou o reinado, estava-se em plena Guerra da Sucessão de Espanha, o que para Portugal significava o perigo da ligação daquele país à grande potência continental que era a França.


çççççNo entanto, a subida ao trono austríaco do imperador Carlos III, pretendente ao trono espanhol, facilitou a paz que foi assinada em Utreque, em 1714.

çççççPortugal viu reconhecida a sua soberania sobre as terras amazónicas e, no ano seguinte, a paz com a Espanha garantia‑nos a restituição da Colónia do Sacramento, actual Uruguai.

çççççAnos Antes D. João V casará com D. Maria Ana de Áustria irmã de Carlos III o que lhe deu alguma segurança durante a guerra atrás referida.
çççççDeste casamento teve 6 filhos entre os quais D. José I o herdeiro ao trono e D. Maria Bárbara, casada com Fernando VI, rei de Espanha.


D.Maria de Áustria

http://www.casa-da-confraria.com/images/img/roy0004.JPG



çççççVoltando ao assunto anterior da Guerra da Sucessão de Espanha onde D. João V aprendeu a não dar um apreço muito grande às questões europeias e à sinceridade dos acordos; daí em diante permaneceu inalteravelmente fiel aos seus interesses atlânticos, comerciais e políticos, reafirmando nesse sentido a sua neutralidade e a aliança com a Inglaterra.

çççççEm relação ao Brasil, que foi sem dúvida a sua principal preocupação, tratou D. João V de canalizar para lá um considerável número de emigrantes, ampliou os quadros administrativos, militares e técnicos, reformou os impostos e ampliou a cultura do açúcar.

çççççNo reinado de D. João V as condições económicas em Portugal era bastante razoáveis o ouro abundava no país atraindo ingleses, franceses, italianos, espanhóis, etc.

çççççInstalaram-se em Lisboa quer com profissões mercantis ou libérais como o humilde artesanato, tudo isto resultante da abundância de ouro que existia no país.

çççççMas por outro lado os contra bando de ouro no Brasil começava a alastra-se e a crise no império do Oriente o que ia levar Portugal a entrar numa crise económica.

12800 réis, D. João V, ouro, 1728, Rio de Janeiro

http://www.bb.com.br/appbb/portal/hs/moeda/MoedaMinas.jsp

ççççç

çççççTudo isto levo a D. João V a fazer um forte investimento industrial, mas outros problemas surtiram, agora de carácter social a insubordinação de nobres, quebras de disciplina conventual, conflitos de trabalho, intensificação do ódio ao judeu.

çççççPor outro lado,a máquina administrativa e política do absolutismo não estava de maneira nenhuma preparada para a complexidade crescente da vida da nação, agravando as dificuldades citadas.

çççççD. João V era um seguidor do Absolutismo Régio modelo político que estava no auge em toda a Europa tendo em Luís XIV o maior expoente, D. João V era um seguidor das pisadas de Luís XIV, talvez mais uma rivalidade entre reis, D. João V tenta viver entre tanto luxo como Luís XIV.

Luís XIV, O Rei sol

http://www.portaldepoesia.com/Luis%20XIV.jpg

çççççD. João V gostava muito de viver no luxo e de mostrar que em Portugal existia muito Ouro, para impressionar os outros Reis europeus enviava Embaixadores ou Representantes que deixava-a todos impressionados com o luxo que levava e o ouro.


Coche da embaixada enviada por D. João V ao Papa Clemente XI, em 1716.

http://www.museudoscoches-ipmuseus.pt/pt/subs/coleccao/coche_6.htm

ççççç

çççççCom todo este luxo, o Barroco em Portugal teve contornos diferentes do que na Europa, a utilizaçao da talha dourada, nos azuleijos muito característicos do Barroco Português.

çççççA arquitectura também teve diferenças, desta destaca-se Convento de Mafra inaugurado em 1744 pelo Papa Bento XIV,4 anos mais tarde, receberia desse mesmo papa o título de Sua Majestade Fidelíssima, extensível aos seus sucessores (tal como os títulos de Sua Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Cristianíssima em França).

Foto lateral do Convento de Mafra

http://ideiasemdesalinho.blogs.sapo.pt/arquivo/Convento%20de%20Mafra.jpg


çççççFoi também no seu reinado que a Santa Sé atribuiu a Lisboa a dignidade de Patriarcado, a par de Roma e de Veneza, tornando-se assim o arcebispo lisboeta um dos três patriarcas do Ocidente.

çççççJaz no Panteão dos Braganças , ao lado da sua esposa, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

Panteão dos Braganças,Túmulo de D. joão V e D. Maria de Áustria

http://fotos.sapo.pt/topazio1950/pic/0004rf46

Descendência:

* De sua esposa, Maria Ana Josefa, arquiduquesa da Áustria (1683-1754);

- Maria Bárbara de Bragança (1711-1758), Rainha de Espanha (que casou com Fernando VI de Espanha);

- Pedro de Bragança, príncipe do Brasil (1712-1714);

- José I, Rei de Portugal (1714-1777); Carlos de Bragança (1716-1736); Pedro III, Rei de Portugal (1717-1786); Alexandre de Bragança (1723-1728);

* João V foi também pai de três filhos ilegítimos, conhecidos na época como os meninos da Palhavã;

* De uma francesa incógnita: António de Bragança (1704-1800);

* De Madalena Máxima da Silva Miranda Henriques: Gaspar de Bragança (1716-1789);

* De Madre Paula: José de Bragança (1720-1801);

* Teve ainda uma filha, Maria Rita de Bragança, nascida de Luísa Clara de Portugal.

Bibliografia:

- História de Portugal, vol. VII " O Despotismo Iluminado (1750 - 1807), Editorial Verbo.

- Mattoso, José (dir.), História de Portugal, vol.7, " O Estado Novo (1926 - 1974).

- Medina, João (dir.), História Contemporânea de Portugal, Multilar.

- Serrão, Joel (dir.), Dicionário de História de Portugal, vol. III, Iniciaticas Editoriais.

- Enciclopédia Lello Universal, Vol. 2, Lello & Irmão Editores, Porto,1993.

- Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura,Verbo, Lisboa/São Paulo, Edição Séc. XXI.

- Couto, Célia e Rosas, Maria, O Tempo da História. Historia A, 1ª Parte, 11º ano, Porto Editora, Porto, (s/d).

- http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao5.html

- http://www.arqnet.pt/dicionario/joao5.html

- http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=4706

- http://pt.wikipedia.org/wiki/D._João_V


Duarte Dias, 11ºB, Nº7


6/04/2006

Biografia de Horta,Garcia (1501-1568)





Garcia de Horta



Garcia de Horta nasceu em Castelo de Vide em data pouco segura provavelmente em 1501. Filho de um cristão-novo seu pai era judeu, de profissão mercador.
Garcia de Horta foi Médico e um dos grandes Sábios da Natureza em Portugal.


Horta estudou nas universidades de Salamanca e Alcalá de Henares que frequentou entre 1515-1523 estudou Gramática, Artes, Súmulas e Filosofia Natural conseguindo licenciar-se em Artes, Filosofia e Medicina.

Regressou então a Castelo de Vide em 1523 onde exerceu Medicina, seu pai tinha falecido 2 anos antes.

Em 1526 consegue obter a carta que lhe permitia exercer Medicina, nesse mesmo ano parte para Lisboa onde vem a exercer, foi médico de D. João III, conheceu Pedro Nunes Matemático de quem fica amigo.

Tentou por varias vezes ser professor na universidade de Estudos Gerais em Lisboa mas só em 1530 consegue entrar para a cadeira de Filosofia Natural, que o seu amigo Pedro Nunes recusou.
Foi eleito para o Concelho da Universidade em 1533, mas durante este período continuou a exercer Medicina.


A vida académica não durou muito tempo pois partiu para a Índia inesperadamente na companhia do seu amigo Martim Afonso de Sousa que tinha sido nomeado capitão-mor do mar das Índias, Garcia de Horta ia designado como "Físico", mas também deve ter desempenhado a função de médico particular de Martim Afonso de Sousa.

Durante 4 anos Garcia acompanhou o seu amigo em varias batalhas militares pelo mar da Índia, passado esse 4 anos Martim Afonso de Sousa voltou a Portugal mas Garcia de Horta estabeleceu-se em Goa.

Em Goa começou de novo a trabalhar como médico, tendo como clientes vários governantes, o vice-rei que pelos bons serviços lhe deu o foro da ilha de Bombaim, foi também médico de alguns potentados Indianos dos quais se destaca o Sultão de Ahmadnagar, ao qual visitava capital.

Mas talvez a grande paixão Garcia de Horta na Índia fosse poder estudar a tão vastas quantidade de plantas de que ai existia, ele tinha uma imensa curiosidade sobre as drogas feitas na Índia e estudou-as ate a exaustão, deixando um livro onde mostra que os médicos em Portugal desconsideravam a medicina dedicando-se apenas ao diagnostico.


Na obra de nome Colóquio dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da Índia , editado em Goa 1563 está também a 1º poesia imprensa de Luís de Camões, de quem ficou amigo quando chegou à Índia.
Abrange também a botânica onde mostra o grande conhecimento de plantas e de drogas para uso terapêutico.

Orta também inclui, além de vários outros assuntos, algumas observações clínicas, das quais é de destacar a primeira descrição da cólera-asiática feita por um europeu, baseada na autópsia de um doente seu falecido com a doença.

Garcia de Horta foi também mercador de pedras preciosas, de drogas e de objectos ligados a medicina, tento mesmo um barco para esse efeito, faleceu em Goa em 1568.

A sua família depois da sua morte foi perseguida, a sua irmã foi condena a morte por judaísmo e queimada viva em Goa 1568, a perseguição acabou com a exumação na Sé de Goa dos restos mortais de Garcia de Horta e a
sua condenação à fogueira por judaísmo.

Bibliografia:

Saraiva, António José e Lopes, Óscar, História da Literatura Portuguesa
Porto Editora, 17ª Edição

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Vol. XIV, Editorial Verbo, Lisboa.


Dicionário de História de Portugal (Direcção de Joel Serrão), Vol. XIV, Livraria Figueirinhas, Porto 1979

CD Rom Encarta 97 Encíclopedia

Rebelo, Carlos; Lopes, António; Frutuoso, Eduardo; Olhar a História, 10º ano, volume 2; Didáctica Editora;

Couto, Célia Pinto, Rosas, Maria Antónia Monterroso; O Tempo de História, 3ª parte, 10º ano, Porto Editora;

Dicionário de Literatura, (dir. Jacinto Do Prado Coelho), Academia das Ciências e da Faculdade de Letras de Lisboa, Vol.4, 3ª edição, suplemento S/L, Porto Editora

Enciclopédia de Consulta, Lexicultura, 1997.

Enciclopédia do conhecimento da ciência e tecnologia O Universo; Resomnia Editores

História da Arte Portuguesa, Temas e Debates, 1995.


História de Portugal, volume III, O século de ouro (1495-1580), Editorial Verbo;

História da Filosofia, Nicola Abbgnano, 3ª edição, Editorial Presença.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Garcia_da_Orta#Bibliografia

http://acultura.no.sapo.pt/indexGarciaHorta.html

http://www.cienciaviva.pt/projectos/concluidos/inventions/garcia.asp

http://www.cienciaviva.pt/projectos/concluidos/inventions/garcia.asp

http://www.melgoans.com/souvenir2004/s4.html

http://www.cienciaviva.pt/projectos/concluidos/inventions/garcia.asp

http://www.cienciaviva.pt/projectos/inventions2003/viso2.asp

http://www.cienciaviva.pt/projectos/inventions2003/viso3.asp


6/02/2006

Biografia de Rabelais (1483-1553)



François Rabelais


Rabelais nasceu Chinon, Indre-et-Loire, França, aproximadamente em 1483, uma outra data apontada é a de 1494. Rabelais morreu em 1553 em Paris.

É conhecido como um dos grandes humanistas do século XVI e XVII foi escritor, médico e monge.

Filho de um advogado do Rei, Antoine Rabelais. Rabelais começou por estudar teologia na universidade de Franciscanos de Fontenay-le-Comte onde anos mais tarde viria a ser professor de Teologia.
Por ordem de Sorbonne viu os seus livros serem confiscados.

Mudou-se então para a Ordem Beneditina de Maillezais, onde encontrou novos interesses, influenciado pela carreira do seu pai estudou direito mas o que empolgou mais foi o gosto pela medicina. Conseguiu o bacharelato de medicina na universidade de Montpellier ( 1530).

Através da medicina tentou incutir nas pessoas o gosto pela higiene contrariando a ideia da idade média, uma das suas grandes lutas foi a tentativa de acabar com pensamento da idade média.

Foi médico em Lion, onde publicou uma edição dos Aforismos de Hipócrates, mas a atingiu o auge com Pantagruel editado em 1532. Seguiu-se o Gargântua em (1534), Tiers Livre (1532), O Quart Livre (1552), Cinquième Livre, sendos todos estes livros uma colecção.

Rabelais era protegido pelo cardeal J. Du Bellay que o salva da repressão da Sorbonne,
que condenava a obra de Rabelais.

Como humanista o objectivo era mudar a mentalidade das pessoas que ainda tinham muitos ideias da Idade Média facto que Rabelais repelia.

Rabelais apreciava outros humanistas como Erasmo de Roterdão e Thomas More.

Como outros Rabelais também escreveu sobre a sua cidade ideal, mundo perfeito, mas em vez de a colocar nos confins do mundo, para Rabelasi a cidade perfeita era mesmo na França em forma de convento, a sua sociedade ideal era virada para a juventude, belos e ricos, devia ser certamente uma ironia

















A Obra era sobre as aventuras cómicas de dois gigantes, pai Gargântua e filho Pantagruel .

O livro continha também a impotência escolástica, as limitações do mundo feudal, louvava as virtudes renascentistas da liberdade e da confiança na Natureza e da educação universal.

Na obra Rabelais utiliza palavras inventadas e termos de varias línguas o que criava um efeito humorístico e crítico.


Bibliografia:

Dicionário de História de Portugal, (Dir. de Joel Serrão), Vol. XV, Livraria Figueirinhas, Porto 1979

Activia Multimédia, enciclopédia de consulta dir. do engenheiro Roberto Carneiro, Lexicultura 1997 .

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Vol. XV, Editorial Verbo, Lisboa.

Enciplopédia Universal Nauta, Vol. VII, Ediciones Nauta S. A.

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2003/01/23/001.htm

http://pt.wikiquote.org/wiki/François_Rabelais

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rabelais

http://www.todayinliterature.com/biography/francois.rabelais.asp

http://classes.bnf.fr/dossitsm/b-rabela.htm

http://hypo.ge-dip.etat-ge.ch/athena/rabelais/rab_pant.html

http://www.alalettre.com/rabelais-intro.htm

http://pages.globetrotter.net/pcbcr/rabelais.html

http://www.campo-letras.pt/autores/francois_rabelais.html

http://www.kirjasto.sci.fi/rabela.htm

http://www.renaissance-france.org/rabelais/pages/pagrablais2.html

http://www.liguge.com/rab.html

http://agora.qc.ca/mot.nsf/Dossiers/Francois_Rabelais

http://www.fdn.fr/~rebours/rabelais.htm

http://www.geocities.com/dieguezmd/articles/universalis_rabelais.htm


2/23/2006

Ordem de Cister







A Ordem de Cister foi fundada por Robert de Molesme em França, seguindo a regra beneditina. A ordem cisterciense foi uma grande potência temporal para a extensão de suas propriedades e da boa situação económica. Usando o trabalho manual, deram provas de grande capacidade de adaptação e competência. A ordem expandiu-se por toda a Europa chegando a Portugal em 1144, quando D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, concede a Carta de Fundação de Alcobaça a Cister, através da Abadia de Claraval, em França.



Esta Ordem religiosa acompanhou, por isso, a formação do território português e a afirmação política da primeira dinastia. Durante o século XII as fundações mais importantes e numerosas são as das monjas: Lorvão, Celas e Arouca, protegidas pelas infantas - rainhas Teresa, Sancha e Mafalda, e Odivelas todas dependentes de Alcobaça. Durante este período não houve em Portugal ordem mais poderosa, devido sobretudo à riqueza de Alcobaça que foi também o centro artístico e intelectual da Ordem, o Mosteiro de Alcobaça foi o único a ser fundado de novo.

O Mosteiro foi fundado em 1178 juntamente com o Mosteiro de Santa Maria, apartir daí fundaram progressivamente vários mosteiros no centro e norte do país, colonizando e desenvolvendo muitas áreas com a aplicação de técnicas agrícolas inovadoras.









(Abadia de Claraval em França)



A relação privilegiada dos conjuntos monásticos de Cister com a paisagem e a sua disciplina na organização do espaço, dotou-os de particularidades únicas. Os monges desbravaram terras e regularizaram as margens de rios e ribeiras.
Os Monges eram conhecidos pelos "Monges Brancos" por causa da oposição aos monges planificaram engenhosos sistemas hidráulicos, construíram condutas subterrâneas e beneditinos que usavam hábito preto. Durante a sua vida sofreram algumas contrariedades ao longo da história do seu povoamento. Exemplo disso foi a matança dos monges pelos muçulmanos, em 1195, e a peste de 1348, que matou 150 monges de Alcobaça.

Os beneditinos tentaram reformar a ordem de Cister que se renovaram no princípio do século XVI, durante o qual viveu Fr. João Claro e se fundaram os mosteiros femininos de Tavira e Portalegre e o Colégio do Espírito Santo em Coimbra e se chamaram beneditinos de Monserrate para reformar Alcobaça. A reforma não conseguiu promover a separação de Alcobaça, favorecida pelo cardeal D. Afonso e o cardeal D. Henrique.

Os cistercienses mostraram então grande vitalidade fundando vários mosteiros, para monges: o Colégio da Conceição, e o Mosteiro do Desterro em Lisboa e para monjas, Mocambo em Lisboa e Tabosa deram grande realce aos estudos históricos, onde se notabilizaram todos os autores da Monarchia Lusitana. No século XVIII entram em decadência e são extintos em 1834, seguindo-se a posterior extinção dos mosteiros femininos.




Mapa dos mosteiros Cistercienses



Arquitectura cisterciense

As Abadias cistercienses ficam isoladas das cidades, caracterizadas pela racionalidade na articulação dos espaços e despojamento de elementos decorativos. Usam-se soluções locais com materiais disponíveis e tradições culturais existentes. O seu revestimento é branco. A planta padrão respondia às exigências de funcionalidade e economia de espaço e de movimento abolindo o supérfluo. A planta articula a vida e as obrigações distintas de monges, noviços e conversos.

A igreja situa-se no ponto mais alto e estava do lado norte com o claustro imediatamente a sul. A igreja adapta-se à rectangularidade global da composição com cabeceira recta (na Batalha já é redonda) com capelas no transepto. No braço sul uma escada comunica com o dormitório. A igreja divide-se a meio entre monges e conversos. Não tinha uma fachada monumental nem torres a acentuar a massa exterior. A planta baseia-se na relação 1:2. Há uma simplificação da tipologia e exibição da própria arquitectura, a decoração centra-se nos capitéis. As naves laterais surgem quase à mesma altura da central. O refeitório, mais a sul, sempre com a fonte em frente articula-se com o claustro.


A cozinha ,a oeste, divide o refeitório dos monges e o dos conversos . Cozinha e refeitório voltam-se para o curso de água. No lado Este alinham-se a sala do capítulo e a sala comunitária. O dormitório ocupava longitudinalmente todo o piso superior. O complexo do edifício era rectangular marcado por contrafortes. Não havia casas de banho nem uma residência independente para o Abade. Os dormitórios não possuem celas individuais. Há dois tipos de claustro: o claustro do silêncio e claustros de carácter agrícola. O mosteiro cresce claustro, a claustro.


A existência de um curso de água ou um lago é condição essencial para a fixação desta ordem. Por isso não é de estranhar que muitos dos conventos cistercienses tenha nomes associados à água, tais como Fontaine-Guérard, Fontenay, Fontenelle em França ou Fountain em Inglaterra.




Planta tipo cisterciense: 1- Igreja,2- Porta do cemitério,3- Coro dos conversos,4- Sacristia,5- Claustro,6- Fonte,7- Sala Capitular,8- Dormitório dos monges,9- Dormitório dos noviços,10- Latrinas,11- Caldarium,12- Refeitório,13- Cozinha,14- Refeitório dos conversos

As grandes obras que ficaram desta Ordem foi os Mosteiros de Alcobaça uma grande obra gótica uma das primeiras na Europa, ficaram também os Mosteiro do Desterro e o Mosteiro de São João de Tarouca





Mosteiro de Alcobaça




Igreja de São João no Mosteiro de Tarouca

Bibliografia:
Serrão, Joel (direcção de), Dicionário de História de Portugal.
editora livraria Figueirinhas/ Porto 1979
www.wikipedia.org
www.orelhas.pt


2/17/2006

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2/09/2006

Apolo


Imagem de Apolo

Apolo é um deus que pertence á segunda geração dos Olímpicos, filho de Zeus e de Latona e irmão da deusa Artemis. Apolo nasceu na ilha Ortígia. O deus fixou a ilha no centro do mundo grego e deu-lhe o nome de Delos. Em Delfos, Apolo matou com as suas flechas um dragão chamado Píton, ou então Delfine, encarregado de proteger um velho oráculo de Témis, mas que se entregava a toda a espécie de depredações no país, sujando a água das nascentes e dos rios, assaltando os rebanhos e os cidadãos, devastando a fértil planície de Crissa e assustando as ninfas. Apolo livrou o país da presença do monstro, mas, em recordação do seu feito ( ou talvez para acalmar a cólera do monstro após a sua morte ), instituiu em sua honra jogos fúnebres, que se chamaram Jogos Píticos, celebrados em Delfos. Apoderou-se depois do oráculo de Témis e consagrou no santuário uma trípode. A trípode é um dos símbolos de Apolo, e é sentado sobre a trípode que Pitonisa profere os seus oráculos. Os habitantes de Delfos celebraram a vitória do deus e a tomada do santuário por meio de cânticos de triunfo. Eles cantaram pela 1ª vez o Péan que é, na sua essência, um hino em honra de Apolo.
Conta-se que mais tarde, o deus teve ainda de defender o seu oráculo, desta vez contra Héracles.

Apolo era representado como um deus muito belo, de elevada estatura, notável pelos seus longos cabelos negros, de reflexos azulados, como as pétalas da violeta. Também teve numerosos amores, com ninfas e com mortais. Foi assim que ele amou a ninfa Dafne, a filha do deus-rio Peneu, na Tessália. Este amor fora-lhe inspirado pelo rancor de Eros, irritado com a troça de Apolo que escarnecera dele por se exercitar com o arco (este era na verdade, a arma por excelência de Apolo ). A ninfa não correspondeu aos seus desejos. Fugiu para a montanha e, como o deus a perseguisse, no momento em que estava prestes a ser alcançada, dirigiu uma súplica a seu pai, para que este a metamorfoseasse e lhe permitisse assim escapar ao abraço do deus. O pai anuiu ao pedido da filha e transformou-a em loureiro (em grego: dafne ), a árvore consagrada a Apolo.
Com a ninfa Cirene foi mais feliz e dela nasceu o semideus Aristeu. Com as musas, cujo culto se ligava ao seu, teve igualmente aventuras: de Talia, atribuiu-se-lhe a paternidade dos Coribantes, que eram divindades que integravam o cortejo de Dionisio. De Urânia ele terá gerado Lino e Orfeu, que outros atribuem a Eagro e à musa Calíope.
Uma das suas aventuras, das mais célebres, é a que se refere ao nascimento de Asclépio, na qual foi vitima da infidelidade de Corónis. Um infortúnio análogo aconteceu-lhe com Marpessa, a filha de Eveno. Apolo amava a jovem, mas ela foi-lhe subtraída por Idas, o filho de Afareu, num carro alado, presente de Poseídon a Idas. Este conduziu a donzela para Messena. Aí, Idas e Apolo bateram-se mas, uma vez mais, Zeus apartou os contentores. Foi dado a Marpessa o direito de escolher um deles. Decidiu-se pelo mortal receando, diz-se, ser abandonada na sua velhice caso desposasse Apolo. Com Cassandra, a filha de Príamo, o seu amor não teve melhor sorte. Apolo amava Cassandra e, para a seduzir, prometeu ensinar-lhe a arte da adivinhação. Cassandra recebeu as lições mas, depois de bem instruída, recusou-se-lhe. Apolo vingou-se retirando-lhe o dom de inspirar confiança nas suas profecias. E era por isso que a infeliz Cassandra se esforçava em vão por fazer as profecias certas, mas ninguém a acreditava.


Foi por esta altura que Apolo foi amado por Hécuba, mãe de Cassandra e mulher de Príamo, que lhe deu um filho, Troilo. Também em Cólofon, na Ásia, Apolo passava por ter um filho da adivinha Manto, o adivinho Mopso, que levou a melhor sobre o adivinho grego Calcas, ou Calcante. Na Ásia, Apolo teve ainda um filho, chamado Mileto, duma mulher que umas vezes designam de Ária e outras de Acacális ou Ácale.
Na própria Grécia, Apolo era geralmente considerado como o amante de Ftia, o epónimo da região da Tessália assim chamada, e atribuiu-se a esta união o nascimento de três filhos, Doro, Laódoco e Polípetes, mortos por Etolo. Finalmente de Reo ele gerou Ânio, que reinou sobre Delos.

Apolo não limitou os seus amores às mulheres. Amou igualmente alguns jovens. Os mais célebres são os heróis Jacinto e Ciparisso, cujas mortes ou antes, metamorfoses, atormentaram profundamente o deus. Conta-se que por duas vezes Apolo sofreu uma provação curiosa e teve de se colocar ao serviço dos mortais, feito escravo.


Duarte Dias 10-b nº7

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